No centro de saúde de Albufeira, a TSF foi ouvir utentes que se queixam de não terem médico de família. Já no distrito de Bragança, não há nenhum habitante que, querendo, não tenha médico de família.
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Dulcineia faz parte da estatística dos que não têm médico de família no Centro de Saúde de Albufeira.Vem ser atendida nas chamadas consultas de recurso.
Esta mulher faz parte dos mais de 20 mil utentes deste centro que não têm médico de família atribuído, o que representa 40% do total dos doentes inscritos.
Destes, 160 pacientes optaram de livre vontade por não ter clínico próprio a acompanhar o seu historial médico.
Já Rosária tem uma médica de nacionalidade romena. Conseguir uma consulta desta vez até não levou muito tempo, mas nem sempre é assim.
Outra utente entra no centro de saúde, apressada para não perder a consulta que conseguiu marcar. Nesta altura,o seu médico está a faltar ao trabalho.
Se tivesse médico de família, provavelmente a consulta levaria mais tempo para ser marcada devido à lista de doentes em espera. Patrícia, uma mãe jovem com um filho bebé, lembra que conseguir ser consultada nem sempre é fácil.
Para esta utente, ter confiança num médico é essencial, mas dos quase 52 mil utentes inscritos no centro de saúde de Albufeira, cerca de 20.700 nunca sabem que clinico os irá observar.
Já no interior do país, em concreto no distrito de Bragança, a TSF constatou que não há nenhum habitante que, querendo, não tenha médico de família.
Os últimos dados da Unidade Local de Saúde assinalam uma distribuição de um médico para cerca de 1400 habitantes.