A garantia foi dada este sábado pelo ministro da Saúde Paulo Macedo, que esta manhã visitou dois centros de saúde em Lisboa. Até ao final de fevereiro, os centros de saúde vão manter o horário alargado.
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Em Linda-a-velha e Alcântara, o ministro da Saúde não encontrou muitos doentes, mas fez questão de sossegar os que se queixam de dificuldades no acesso às urgências. Paulo Macedo diz que para responder às necessidades, os centros de saúde vão continuar disponíveis até mais tarde.
Nos casos em que os horários foram alargados, os centros ficam abertos até às 22h00 nos dias úteis e entre as 10h00 e as 14h00 aos sábados.
Nesta visita a dois centros de Lisboa, Paulo Macedo disse ainda que o recrutamento de médicos não é uma questão de orçamento, mas de falta de profissionais. O ministro da Saúde salientou que «há claramente financiamento» para o recrutamento de médicos e explicou que «a questão é a escassez destes profissionais em certas especialidades».
O ministro da Saúde recusou também considerar assustador o registo da Direção-Geral da Saúde (DGS) de ocorrência de 700 mortos nos primeiros 20 dias de janeiro nas urgências dos hospitais públicos. «Nada tem nada de assustador», declarou Paulo Macedo, que disse que «esse número foi dado pelo Ministério da Saúde» à DGS e explicou que, «em todo o mundo», o registo de mais óbitos em hospitais «é na urgência».
O ministro da Saúde respondeu também aos motivos que levam um grupo de utentes a manifestar-se esta tarde, junto ao hospital Garcia da Orta, em Almada. Os utentes querem a construção de um novo hospital no Seixal, mas na opinião de Paulo Macedo, não há razões para se construir uma nova unidade.
O ministro lembra que já foram feitos investimentos para potenciar as equipas e os serviços dos hospitais da margem sul do Tejo.