Cercas, drones, aplicações e segurança. O que está a ser pensado para acesso às praias
Nadadores-salvadores, câmaras, concessionários, forças de segurança e autoridade de saúde estão a ser ouvidos antes da definição de regras.
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Ir de férias e à praia ainda é uma incógnita para os próximos tempos, mas há cada vez mais ideias para definir o que deve ser o verão de 2020. Com a pandemia a condicionar as regras de convívio e a desaconselhar grandes concentrações de pessoas, tudo está a ser pensado que a praia possa ser uma fontes de propagação da doença.
Desde o socorro, em casos de afogamento, até às distâncias nos areais, tudo está a ser discutido, e este sábado, vários jornais antecipam algumas das propostas que vão ajudar a elaborar um guia de utilização das praias portuguesas.
O jornal Expresso fala na possibilidade de cercas impostas pelas autoridades, vigilância com drones, aplicações de telemóveis, pulseiras e contadores mecânicos, no acesso ao areal. Há, até, um cenário de abrir a praia apenas num determinado horário, na Figueira da Foz.
O cenário de fiscalização do acesso às praias é outras das possibilidades, segundo revela o jornal Público. Em alguns casos, nomeadamente no Algarve, esta poderá ser feita por empresas privadas de segurança.
No areal, uma das preocupações é a concessão a privados, que poderá ter de ser alargada, e com isso serem eliminadas algumas das concessões, para que haja espaço para todos. O acesso poderá ser feito em passadiços de um único sentido.
Os nadadores-salvadores, na Nazaré, por exemplo, insistem no risco do socorro, como a respiração boca a boca ou outras manobras de reanimação. Assim, e para evitar situações graves, ponderam recorrer mais vezes à bandeira vermelha, impedindo as pessoas de irem à água.
As praias que têm duches ou lava-pés podem fechar esses serviço e podem também ser proibidos os campos de voleibol ou futebol e outras zonas de recreação.
O distanciamento de toldos e chapéus-de-sol terá de acontecer, o que deve até levar à diminuição destas estruturas. E nos restaurantes e bares das concessões vão ser privilegiadas as esplanadas e o serviço de venda para fora.
Uma coisa parece certa. Mesmo com uma regra comum, serão distintos alguns critérios praia a praia, naquilo que depender da autoridade local, ou seja, das autarquias. Tudo será enquadrado num guia da Agência Portuguesa do Ambiente, que chegou a ser anunciado para meados da última semana.
A TSF sabe que a reuniões continuam e que, antes de quarta feira, não haverá documento. Até lá, nadadores-salvadores, câmaras, concessionários, forças de segurança e autoridade de saúde estão a ser ouvidos.
Em Espanha, Itália, na Grécia e em França já há regras definidas. No país vizinho há espaços de três por três metros para cada grupo de banhistas, separados por postes e cordas e praias com lotação limitada.
Em Itália, há até uma aplicação para telemóvel, para gerir o acesso à praia e, tal como na Grécia, estão anunciados separadores em acrílico para diversas praias. Em França, o que se sabe e que provavelmente até julho, não haverá abertura e já há manifestações marcadas para contestar esta data.