Presidente do PS diz que Marques Mendes gosta de "enredar" e "atrapalhar a vida ao PS".
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O líder parlamentar socialista, Carlos César, acusou hoje o conselheiro de Estado social-democrata Marques Mendes de ser "comerciante político", aproveitando o seu espaço de comentário na SIC para "publicitar boatos e falsidades" para "atrapalhar" o PS.
No domingo, na SIC, Marques Mendes afirmou que Carlos César tem em marcha um processo para se tornar presidente da Assembleia da República na próxima legislatura, afastando deste cargo o antigo ministro e secretário-geral do PS Ferro Rodrigues.
Numa nota publicada na rede social Facebook, Carlos César nada refere sobre o seu futuro político, escrevendo antes que o antigo líder do PSD "gosta de uma intriga".
"Como se diz na minha terra, gosta de enredar - e se puder atrapalhar a vida do PS mais satisfeito fica. Ele, ou quem o encomendou, está muito agitado pela possibilidade de eu poder ser o próximo presidente da Assembleia da República. Fico lisonjeado. Saberá, porém, a seu tempo, o que houver a dizer sobre isso, mas não sabe o mínimo agora para dizer o que disse sobre esse assunto", sustenta o presidente do grupo parlamentar do PS.
https://www.facebook.com/carlosvcesar/photos/a.373651259446533/1662802143864765
Na nota, Carlos César acusa Marques Mendes de ser, "fundamentalmente, um comerciante político".
"No mesmo espaço comercial em que legitimamente dá as suas opiniões, ele publicita conscientemente boatos e falsidades, e, com a maior das facilidades, vai dizendo uma coisa e o seu contrário ao longo do tempo", aponta o líder da bancada socialista.
Carlos César refere, depois, que tem "cerca de 40 anos de exercício de cargos públicos", dos quais destaca o período em que assumiu as funções de presidente do Governo Regional dos Açores (1996/2012).
"Ao contrário do que sugere Marques Mendes, o meu currículo na política não é o resultado de escrutínios nos aparelhos partidários, mas, para além do meu empenhamento cívico, o resultado de sucessivas e muito expressivas votações dos meus concidadãos eleitores, particularmente desde 1996, sem trocas de favores, nem apoios ancorados na comunicação social. Até nesta última eleição para a Assembleia da República, cuja candidatura liderei, foi a única vez, na história eleitoral desde o 25 de Abril, que o PS ganhou nos Açores quando perdeu a nível nacional em eleições legislativas nacionais", salienta.
O presidente do PS defende, em seguida, que não é o antigo líder do PSD que avalia os seus "méritos ou a falta deles, sejam eles de que natureza forem".
"No que toca à minha participação política futura e às minhas disponibilidades, são coisas que já sabem as pessoas que devem saber e nenhuma delas é Marques Mendes", acrescenta.