Nova declaração de estado de emergência está a dividir as centrais sindicais.
Corpo do artigo
Enquanto a UGT não se opõe a um novo estado de emergência desde que a economia não saia prejudicada, a CGTP não é da mesma opinião. Em declarações à saída da audiência em Belém, com Marcelo Rebelo de Sousa, a secretária-geral da CGTP mostrou estar contra o novo recurso a este instrumento legal por voltar a suspender temporariamente algumas liberdades.
"Naturalmente teremos que ver o que contém o decreto que será apresentado à AR pelo Presidente da República. De qualquer modo, a CGTP sempre foi desfavorável a restrições de liberdade. Aliás, o estado de emergência de março restringiu um conjunto de liberdades, nomeadamente sindicais, e nós nunca estivemos de acordo que fosse necessário", explicou Isabel Camarinha.
Para a representante da central sindical, a pandemia do novo coronavírus precisa de ser combatida com um reforço do Serviço Nacional de Saúde e outras respostas sociais.
12995374
"Exige-se também o reforço muito substancial do SNS, dos cuidados de saúde primários que não tem acontecido. E na proposta do Orçamento do Estado para 2021 não estão totalmente considerados como deviam estar", sublinhou a secretária-geral da CGTP.
No final da sua declaração, a representante da central sindical chamou também a atenção para o aumento dos despedimentos coletivos que se registou em outubro e pediu uma legislação que proteja mais os trabalhadores.
"As propostas que o Governo tem em cima da mesa mais gerais não dão resposta necessária para a mudança de rumo que precisávamos de ter", acrescentou Isabel Camarinha.
12992259