As centrais sindicais admitiram hoje estar disponíveis para uma nova greve geral se o Governo não partir para as negociações em concertação social de forma séria, mas garantem que não querem «fazer a luta pela luta».
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Os líderes da CGTP e UGT realizaram hoje, em Lisboa, uma conferência de imprensa conjunta de balanço do dia de greve geral, que consideraram um «êxito» tendo mesmo, em sua opinião, «superado» a mobilização da greve geral de há um ano.
Questionado sobre se admite a realização em breve de uma nova greve geral, caso o Governo não atendesse às suas pretensões, o secretário-geral da UGT não descartou essa hipótese.
«Se o Governo nos empurrar fazemos uma nova greve geral para defender a luta dos trabalhadores, mas não queremos fazer a luta pela luta, queremos negociação», disse João Proença.
Já no discurso sindical, o secretário-geral da UGT tinha afirmado que o pretendido por esta greve geral é que o «Governo mude o comportamento na negociação colectiva, com sacrifícios equitativamente distribuídos» que permitam à economia «crescer».