O líder da CGTP, Carvalho da Silva, lamentou hoje a «publicidade enganosa» em torno das questões que estão a ser discutidas na concertação social e disse que «há um diálogo de surdos».
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À chegada para a reunião da concertação soial de hoje, a UGT e a CIP consideraram que é possível chegar a acordo, embora o sindicalista João Proença tenha salientado que ainda existem muitos obstáculos para ultrapassar.
O secretário-geral da CGTP, Carvalho da Silva, apontou o dedo ao Governo, afirmando que «se estão a propagandear coisas pontuais» e apontou, nomeadamente, o «conjunto espantoso de disparates que se dizem sobre as pontes», lembrando que «os patrões sempre usaram dias de férias para fazer pontes».
«Parece que se descobriu a pólvora», exclamou o dirigente da Intersindical, aludindo à proposta do Governo enviada no sábado aos parceiros sociais que propõe ao empregador encerrar em dias de pontes e descontando-as nas férias.
Questionado sobre se ainda acredita que se possa alcançar hoje um acordo, Carvalho da Silva frisou que não é «absolutista», mas acrescentou que «o Governo não quer negociar».
O sindicalista disse ainda que não têm havido reuniões bilaterais com a CGTP e adiantou que na semana passada houve apenas uma reunião com o Governo que foi «um diálogo de surdos».