O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, em declarações à TSF, durante a manifestação promovida pela central sindical, acusou a chanceler alemã Angela Merkel de «estar sentada na poltrona a propor sacrifícios aos outros».
Corpo do artigo
A manifestação da CGTP realizada hoje Lisboa "nem Merkel nem troikas" terminou com centenas de pessoas concentradas em frente ao Parlamento e um apelo à participação na greve geral de quarta-feira.
Arménio Carlos fez dois discursos, um no Largo de Camões e outro junto à Assembleia da República, é preciso trabalhar até ao último minuto para garantir a mobilização para greve geral.
Em declarações à TSF, Arménio Carlos num comentário às palavras da chanceler de que «a política económica é 50 por cento psicológica» considerou que Angela Merkel «está sentada na poltrona a propor sacrifícios aos outros, enquanto ela continua a viver no bom e no melhor».
Para este dirigente sindical, a chanceler alemã «não está a defender os interesses da Europa numa perspetiva de harmonização social e de progresso», mas o «retrocesso social e civilizacional e neste caso em concreto uma política que esmaga a economia, destrói o emprego e generaliza o desemprego e a exclusão social».
Arménio Carlos afirmou ainda que a CGTP tem avisado nas reuniões com a troika que a situação está cada vez pior em Portugal.
«Das duas uma: ou esta gente está cega ou está conscientemente a fazer o que pretende, que é colocar o nosso país numa situação de país colonizado economicamente».
A CGTP acusa também a chanceler alemã de se ter fechado com os empresários no Centro Cultural de Belém (CCB) sem ouvir os trabalhadores.