Caderno reivindicativo para 2021, aprovado há um ano, apresentava os mesmos objetivos. Em declarações à TSF, Isabel Camarinha admite negociar com o Governo o aumento da remuneração mínima.
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A CGTP vai reivindicar aumentos salariais de 90 euros para todos os trabalhadores em 2022 e a fixação do salário mínimo nacional nos 850 euros, segundo a proposta de política de rendimentos aprovada esta quinta-feira.
Esta proposta de política de rendimentos para 2022 foi aprovada pelo Conselho Nacional da central, e irá servir de orientação aos sindicatos da CGTP na contratação coletiva.
O documento define todas as reivindicações pelas quais a Intersindical e os seus sindicatos se vão bater, nomeadamente a valorização dos salários e das carreiras, o combate à precariedade, o respeito pelos direitos laborais e a redução dos horários de trabalho.
Em declarações à TSF, a secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha, admitiu negociar com o Governo no que diz respeito ao aumento do salário mínimo, mas reforçou que os 850 euros têm de ser uma realidade a "curto prazo".
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"Tem de ser o mais rapidamente possível para garantir, de facto, um mínimo que seja um investimento no nosso país", explica. Em tempo de crise, Isabel Camarinha sublinha que o aumento dos salários funciona como alavanca para a economia.
"Este modelo de baixos salários e de precariedade não permitirá uma recuperação económica", alerta a sindicalista, porque "não haverá incremento do mercado interno nem aumento da produção nacional".
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No caderno reivindicativo aprovado há um ano a CGTP também reivindicava para 2021 aumentos salariais de 90 euros para todos os trabalhadores e um salário mínimo de 850 euros.