Chamados para sítios diferentes à mesma hora. Erro em concurso de emprego do Estado
Alexandra Leitão apontou para os "cerca de dois mil" candidatos que terão sido abrangidos por estas convocatórias. O Governo assegura já ter identificado os erros, e já enviou uma retificação da convocatória aos visados.
Corpo do artigo
Uma candidata de um processo de recrutamento centralizado do Estado deve, de acordo com as convocatórias que recebeu, estar presente a 18 de janeiro, às 10h30, na Faculdade de Farmácia da na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade de Lisboa para uma prova geral de conhecimento, e, ao mesmo tempo, na Universidade Nova de Lisboa para a realização de uma prova específica.
Mas este não é caso único: dos 18 mil candidatos à bolsa de emprego, há 16 mil pessoas que terão de se apresentar a uma prova de conhecimento. Conforme conta o Correio da Manhã esta segunda-feira, há candidatos que foram igualmente convocados para prestar duas provas no mesmo dia, à mesma hora e em locais diferentes.
A mesma publicação adianta que os candidatos foram notificados na sexta-feira, e, desde logo, houve um espanto coletivo quanto às falhas no agendamento. Nas redes sociais, houve mesmo quem admitisse pedir a impugnação do processo.
O Governo assegura já ter identificado os erros, e anunciou, em comunicado enviado à redação da TSF, que já foi enviada uma retificação da convocatória aos visados "durante a noite e madrugada de domingo para segunda-feira". O Ministério da Modernização do Estado e da Administração Pública, gerido por Alexandra Leitão, lembrou ao jornal Correio da Manhã a complexidade das marcações, com provas a realizarem-se simultaneamente em Lisboa, Porto e Évora. "Esta é a primeira vez que o Estado realiza um processo de recrutamento centralizado desta dimensão", é destacado.
Na nota enviada aos jornalistas, o Ministério da Modernização do Estado e da Administração Pública frisa que o "lapso" já foi resolvido "durante o fim de semana" e que as irregularidades não têm "qualquer impacto no desenvolvimento do procedimento de recrutamento centralizado e no calendário previamente definido".
Ouvida pela TSF, a ministra Alexandra Leitão destacou que não houve qualquer "consequência no calendário predefinido", já que, entre o equívoco e a sua resolução, não passou "nem um dia útil".
Sem certezas quanto aos cálculos, a governante apontou para os "cerca de dois mil" candidatos que terão sido abrangidos por estas convocatórias.
As provas específicas decorrerão nas tardes de dia 18 e de dia 20 de janeiro, mas haverá ainda uma prova de aptidão psicológica. No final das etapas, serão selecionados mil técnicos superiores, com um salário a rondar os 1200 euros brutos, mas sem garantia de emprego no Estado. Só serão chamados em função das necessidades dos serviços.
* Atualizado às 10h09