Nuno Santos afirma que "sabíamos que viria uma segunda vaga, e o Governo foi de férias".
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O vice-presidente do Chega disse esta terça-feira que o partido apoia todas as medidas que sejam favoráveis à saúde e à economia, sem adiantar o sentido de voto face à renovação do estado de emergência.
"O Chega estará de acordo com todas as medidas que em primeiro lugar tenham como objetivo assegurar a saúde dos portugueses, mas em segundo lugar assegurar que a parte económica também é salvaguarda", disse Nuno Afonso, à saída da reunião de especialistas no Infarmed.
Nuno Afonso não precisou se o partido votará a favor do novo estado de emergência, que será discutido e provavelmente aprovado na quarta-feira na Assembleia da República, e do qual deverá resultar um novo confinamento.
Por outro lado, o vice-presidente do Chega criticou a resposta do Governo à crise pandémica, considerando que o executivo desperdiçou a oportunidade para se preparar para uma previsível escalada da situação epidemiológica.
"Há um ano fomos de facto apanhados de surpresa, mas entretanto já passou quase um ano e continuamos praticamente à deriva. Tivemos os meses de verão para o Governo tomar alguma atitude, sabíamos que viria uma segunda vaga, e o Governo foi de férias", lamentou.
Nuno Afonso acusou ainda o Governo de "cegueira ideológica", referindo a sobrecarga dos hospitais, e, por outro lado, aproveitou para apelar aos portugueses para que tenham responsabilidade e respeito pelas regras.
O vice-presidente do Chega substituiu na reunião André Ventura, que estava em isolamento profilático depois de o Presidente da República ter testado positivo para o novo coronavírus na segunda-feira à noite.
Entretanto, o líder do partido e candidato presidencial teve um resultado negativo para o novo coronavírus e vai retomar o programa da campanha eleitoral já na quarta-feira, participando também na sessão plenária da Assembleia da República.
Também Marcelo Rebelo de Sousa já recebeu dois testes negativos, depois do primeiro diagnóstico positivo, e está agora a aguardar orientações das autoridades de saúde.
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