Chega dá "luz verde" às propostas do PSD para reduzir impostos, mas deixa desafio para imposto à banca
As proposta para a redução de impostos vão a votos na próxima quarta-feira.
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O Chega vai votar a favor das propostas do PSD para reduzir os impostos, que vão a debate a 20 de setembro, após o arranque do ano parlamentar. André Ventura deixa, no entanto, algumas críticas aos social-democratas e deixa um desafio: defender a tributação extraordinária à banca.
Em declarações aos jornalistas, na Assembleia da República, uma hora depois de o líder parlamentar do PSD apresentar um conjunto de propostas para reduzir os impostos, André Ventura assumiu que o seu partido "não se vai obstaculizar", mas nota que "não tocam nos pontos essenciais": não falam de habitação, enquanto o Chega pede incentivos fiscais aos senhorios que coloquem as casas para arrendamento acessível.
Ventura lembra ainda que o Governo italiano avançou com uma tributação extraordinária aos bancos, para fazer frente ao aumento do crédito à habitação, e lança o desafio ao PSD para que se junte ao jogo, votando a favor da proposta que o Chega já apresentou.
"O PSD não se vai poder esconder mais, arrastámos para o debate de quarta-feira a nossa proposta de tributação extraordinária, para que seja utilizada para pagar uma parte do crédito à habitação que as famílias estão a enfrentar", critica.
A banca "está a lucrar há dois anos" com os impactos da guerra nos créditos, refere André Ventura, e agora há quem defenda que isso "não serve para pagar o crédito à habitação de milhares de famílias".
O Chega reuniu-se, esta manhã, "com vários profissionais do setor da educação" e defende que "é fundamental calendarizar a recuperação do tempo de serviço dos professores".
"Não podemos ter um ano letivo aos trambolhões", afirmou o líder do Chega, criticando o Governo que "não fez absolutamente nada" e, por isso, "o ano letivo começou em modo caos".