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O Chega já tentou eleger um vice-presidente por três vezes, ficando longe dos 116 votos necessários para a eleição.
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Pela quarta vez, o Chega vai tentar a eleição de um vice-presidente para Assembleia da República. Depois de Pacheco Amorim, Gabriel Mithá Ribeiro e Rui Paulo Sousa, Jorge Galveias é o nome que se segue. Para a eleição é preciso que a maioria dos deputados vote a favor, ou seja, 116 votos favoráveis.
O presidente do Chega, André Ventura, considera a situação como "caricata", numa altura em que o Parlamento funciona com apenas dois vice-presidentes ao lado de Augusto Santos Silva, eleitos pelo PS e PSD.
Lembrando os vários apelos do presidente da Assembleia da República, o último no final do ano passado, para que Chega e Iniciativa Liberal apresentassem novos nomes para a vice-presidência do Parlamento, André Ventura pede uma "normalização à direita" e acusa os restantes deputados de "boicotarem o Chega".
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"Não devemos desistir porque, no nosso entender, a Constituição diz que a Assembleia deve ter quatro vice-presidentes, representantes dos quatro maiores partidos. É uma coisa caricata, absurda e antidemocrática que estejam a privar a Assembleia de ter vice-presidentes só por serem do Chega", atirou.
O Chega "vai continuar a insistir", garante André Ventura, já que "a questão não é o André, o João ou a Rita, mas o Chega". "É importante que os portugueses saibam que os partidos em quem votaram estão a boicotar um outro de ter vice-presidente", acrescentou.
Na última tentativa, Rui Paulo Sousa obteve 64 votos favoráveis, ainda longe da maioria necessária, apesar de o PSD ter apelado internamento ao voto no deputado do Chega.
Além do Chega, também a Iniciativa Liberal pode apresentar um candidato, já que é o quarto partido mais votado. No entanto, contactado pela TSF, o partido garante que não está a ponderar uma nova tentativa, depois do chumbo de João Cotrim de Figueiredo, em março do ano passado.
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