O líder do Chega quer voltar a ouvir o ministro das Infraestruturas e a sua chefe de gabinete.
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O líder do Chega, André Ventura, submeteu à comissão parlamentar de inquérito à TAP um pedido de prorrogação dos trabalhos por mais três meses, para lá de julho.
"Entendemos que devem ser atribuídos mais três meses dadas as diligências que é preciso fazer. Muitos dos elementos solicitados à PSP ainda não foram objeto de análise e o telefone de Frederico Pinheiro, que foi entregue a esta comissão e à PJ. Não sabemos ainda o que contém e pode ser importante para os trabalhos desta comissão", justificou Ventura.
Além disso, André Ventura quer também voltar a ouvir o ministro das Infraestruturas, João Galamba, e a sua chefe de gabinete na Assembleia da República porque considera que houve mentiras por parte de algum dos intervenientes.
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"Esta comissão tem o dever de fazer a relevância criminal de alguns atos. É impossível que estas três versões estejam harmonizadas. A chefe de gabinete disse que foi por sua iniciativa que o SIS foi acionado, depois tivemos a resposta de João Galamba a dizer que houve uma iniciativa do gabinete do primeiro-ministro que pediu essa articulação com o SIS e agora temos uma versão do primeiro-ministro que disse que não houve intervenção nenhuma, nem dele nem do chefe de gabinete e que não tinha falado com ninguém. Houve pelo menos uma mentira nesta comissão de inquérito", acrescentou o líder do Chega.
Se a proposta que o partido submeteu esta sexta-feira for aceite, a comissão parlamentar de inquérito à TAP poderá decorrer até outubro. O prazo de funcionamento da comissão tinha já, antes, sido alargado até ao dia 22 de julho.