Chega vê eleições entre fevereiro e março e quer dar tempo ao PS para escolher novo líder
André Ventura quer ver garantidos os instrumentos orçamentais para o próximo ano ao mesmo tempo que se evita que o país caia num "marasmo político".
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O líder do Chega, André Ventura, defende que a melhor solução e a que "parece estar no pensamento" do Presidente da República é a dissolução do Parlamento e marcação de eleições antecipadas, sem esquecer a necessidade de equilibrar a aprovação orçamental e a "necessária rapidez para a tomada de posse de um novo Governo".
Ainda assim, num quadro de dissolução, o partido quer ver garantidos os instrumentos orçamentais necessários para começar o ano e "a rapidez suficiente para não deixar o país no marasmo", disse aos jornalistas a partir do Palácio de Belém e já depois de ter sido ouvido pelo chefe de Estado.
Sobre o momento das eleições, Ventura nota que, "tendo havido demissão do senhor primeiro-ministro, o PS terá de fazer o seu congresso de reeleição", o que "não se faz em dois, três, quatro ou cinco dias", algo que pensa ser "compreensível por parte de todos os adversários", incluindo pelo Chega.
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"O PS tem de ter algum tempo para poder escolher o seu sucessor. Nesse quadro, transmitimos também ao senhor Presidente da República que o próprio congresso do Chega, que estava com a possibilidade de ser adiado com a iminência de umas eleições num prazo muito curto, digamos em janeiro, dezembro já seria muito difícil, mas caso este cenário se verifique, o Chega manterá também a realização do seu congresso", indo a eleições "já num novo quadro".
O consenso "mais ou menos alargado que se começa a gerar" e identificado por Ventura é o de que as eleições legislativas sejam entre "meados de fevereiro e início de março".depois de uma dissolução do Parlamento.
Sobre a nomeação de um primeiro-ministro interino pelo PS, Ventura defende que tal é "absolutamente contrário à nossa lei e à nossa Constituição" e garante que Marcelo o sabe: "É uma solução ilegal e inconstitucional."
Para o líder do Chega, esse é um instrumento de "pressão absurda" que está a ser utilizado pelos socialistas.