Cheias. Autarca do Seixal diz que ajuda da câmara é "muito superior" ao fundo proposto pelo PS
Paulo Silva garante à TSF que o apoio "já estava a ser feito" antes da proposta apresentada pelo PS na assembleia municipal.
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A Assembleia Municipal do Seixal aprovou uma recomendação apresentada pelo PS para a criação de um Fundo Municipal de Emergência Social para apoiar as vítimas das cheias, mas o presidente da autarquia, Paulo Silva, explica que o apoio à população já estava a ser prestado pela autarquia e que este fundo representa apenas uma duplicação da ajuda.
"O apoio social às famílias que foram vítimas da situação atmosférica que ocorreu no concelho do Seixal já estava a ser feito pela câmara municipal, sem necessidade de nenhum fundo municipal. O apoio às pessoas é feito na hora e não precisamos de andar a anunciar que vamos criar algum fundo. Nós fazemos as coisas, não anunciamos", esclarece o autarca eleito pelas listas da CDU em declarações à TSF.
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Na proposta que o PS levou à assembleia municipal, os socialistas recomendam à câmara que aplique 1% do orçamento municipal anual, ou seja, 133 milhões de euros. No entanto, Paulo Silva refere que o valor do apoio está em aberto e "é muito superior a esse 1% que o PS propôs".
"O Partido Socialista fala em números, nós falamos em pessoas. São mais importantes do que os números. Para nós não é 1%, é o valor que for necessário para apoiar as pessoas, para que nenhuma das famílias do concelho do Seixal que foram vítimas das inundações, tenham um Natal com o necessário conforto. É isso que a nós nos preocupa, são as pessoas. Os números para nós são secundários", atira Paulo Silva.
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O autarca acusa o Governo de "uma insensibilidade muito grande", já que nenhum dos elementos do Executivo visitou o concelho do Seixal. "Nós estamos a trabalhar com as famílias, estamos a trabalhar com a nossa rede social para conseguirmos resolver o problema destas famílias no mais curto espaço temporal", reitera.