As propostas da Iniciativa Liberal e do Chega foram rejeitadas pela maioria socialista.
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A Assembleia da República rejeitou, esta sexta-feira, a criação de comissões de inquérito para avaliar a atuação das secretas. Em causa está o episódio da recuperação do computador de serviço de Frederico Pinheiro, ex-adjunto do ministro das Infraestruturas, João Galamba. O equipamento continha documentos classificados, quando foi levado do Ministério das Infraestruturas, na noite de 26 de abril.
O projeto da Iniciativa Liberal (IL), que previa a investigação da ação do Serviço de Informações de Segurança (SIS) neste caso e a prática do Governo perante estes serviços, foi chumbado apenas com os votos contra do PS. O PCP e o Livre optaram pela asbtenção, enquanto os restantes partidos votaram a favor.
Já o projeto do Chega, que pretendia investigar também a ação do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP) e avaliar a existência de interferência política noutros casos, teve, além do voto contra do PS, também o voto contra do Livre. O PCP e o PAN abstiveram-se, enquanto os restantes partidos votaram favoravelmente a proposta.
O PSD tinha anunciado, pela voz do líder parlamentar Joaquim Miranda Sarmento, que haveria disciplina de voto no partido - com uma posição favorável aos projetos da Iniciativa Liberal e do Chega. No momento da votação, foram dez os deputados sociais-democratas a apresentar declarações de voto, podendo deste modo, na ótica do líder parlamentar do partido, expressar a "Liberdade individual" de cada um.