Os congressistas do PSD chumbaram hoje uma proposta de alteração estatutária da JSD segundo a qual os órgãos nacionais do partido deixariam de ser eleitos em Congresso.
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A proposta da JSD, que pretendia que a eleição dos órgãos do partido fosse realizada por diretas e não em Congresso, foi rejeitada.
Um total de 250 congressitas votou a favor, 262 contra e 33 optaram pela abstenção.
Na primeira votação a proposta da JSD tinha sido aprovada, mas os congressistas recuaram.
O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, ter subido ao palco para «auxiliar» o presidente da mesa do Congresso, Fernando Ruas, na sua função «difícil» de explicar a proposta de alteração que iriam votar.
Passos Coelho quis explicar que se estava a votar a possibilidade futura de existirem eleições «primárias» no partido para a escolha de alguns candidatos.
Segundo o presidente social-democrata, essa proposta não estava «fechada», sendo que o Congresso daria, caso votasse favoravelmente, um mandato ao conselho nacional para elaborar uma proposta, que depois teria que ser aprovada por três quintos.
«Convém que a decisão seja absolutamente esclarecida», afirmou Passos Coelho.
Fernando Ruas não quis deixar de responder que «por ser tão esclarecido» é que Passos Coelho é primeiro-ministro.
«Por ser tão esclarecido é que é primeiro-ministro e eu não», afirmou.
Já tinha sido chumbada anteriormente uma proposta associada a esta, também da responsabilidade da direção, aquela que criava o estatuto do simpatizante.