Chuva atinge todo o país a partir desta quinta-feira e ameaça estragar cortejos de Carnaval

Portugal continental já está a sentir os efeitos de um sistema frontal associado à depressão Karlotta. As próximas horas serão de chuva, vento forte e agitação marítima, explica à TSF a meteorologista do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) Patrícia Gomes.

"Entre hoje e amanhã Portugal continental estará sob efeito de um sistema frontal com associado à depressão Karlotta, que foi nomeada pelo Serviço Meteorológico Espanhol. Nas próximas horas, o estado do tempo vai agravar-se, com chuva por vezes forte a partir do meio da manhã.”  

“Nas regiões norte e centro, e a partir da tarde na região sul, o vento também vai soprar com alguma intensidade e será mais forte nas regiões do litoral e nas terras altas, onde as rajadas podem atingir os 85 km/h e 100 km/h, respetivamente.” 

Para a semana a chuva diminui de intensidade, mas o mais certo é que se mantenha durante o Carnaval, prevê o IPMA. 

“Em relação ao período carnavalesco, a precipitação vai continuar a fazer-se sentir um pouco pelo território do continente, mas com mais intensidade e com mais frequência nas regiões do norte e centro.”  

"O dia em que a precipitação será mais intensa será no domingo, dia 11, na segunda-feira prevê-se um pouco menos de precipitação e na terça-feira, dia de Carnaval, volta a haver precipitação um pouco por todo o território.” 

Todos os distritos de Portugal continental estão esta quinta-feira sob aviso amarelo. Já a agitação marítima motiva aviso laranja em sete distritos. 

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil emitiu um aviso à população para o risco de cheias e inundações nas próximas 48 horas. 

Poderão ocorrer inundações em zonas urbanas, cheias, deslizamentos de terra e derrocadas, acidentes na orla costeira devido à agitação marítima e lençóis de água ou acumulação de gelo nas estradas, alerta a Proteção Civil. 

Recomenda-se a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais, a adequada fixação de estruturas soltas, bem como "especial cuidado" na circulação junto a áreas arborizadas, junto da orla costeira e a adoção de uma condução defensiva. 

Por outro lado, é desaconselhada a prática de atividades náuticas e passeios à beira-mar.