Os cientistas querem ajudar as autoridades públicas e de saúde a encontrar respostas para a pandemia.
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É um apelo do mundo científico. Os cientistas querem trabalhar os dados da Covid-19 o mais rápido possível. Para isso, pedem ao governo o desbloqueio.
Uma petição online foi criada ontem para este efeito. Em menos de um dia obteve mais de mil e setecentas assinaturas.
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Nuno Sousa, presidente da Escola de Medicina da Universidade do Minho, um dos signatários, explicou à TSF as razões deste apelo. A comunidade científica pretende trabalhar os dados, garantindo a sua total confidencialidade, de modo a ajudarem as autoridades públicas e de saúde a encontrar respostas mais eficazes para combater a pandemia.
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A celeridade é vital nestes casos. Os dados ficam disponíveis apenas daqui a alguns meses. Servem para o futuro. Mas, perante um cenário de emergência é necessário "lutar contra o vírus no presente e, por isso, é importante que os dados sejam disponibilizados desde já", defende Nuno Sousa.
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Para além de Nuno Sousa, entre os signatários deste apelo estão Altamiro da Costa Pereira (diretor da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto - FMUP), Carlos Oliveira (conselheiro do Conselho Europeu de Inovação) e vários investigadores da FMUP, do CINTESIS - Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde e da Escola de Medicina da Universidade do Minho.
De investigadores a académicos, de estudantes a profissionais de saúde, têm sido muitos os nomes a subscrever a petição, por considerarem que estes dados devem ser estudados por vários grupos de investigação, com diferentes abordagens.
Esta iniciativa surge depois de uma carta aberta, endereçada no início da semana aos órgãos do governo, pelos mesmos signatários da petição.