Aumento de preços. Há empresas de distribuição de energia a querer denunciar contratos

António Saraiva
Paulo Spranger/Global Imagens
Em causa está o aumento brutal do preço por megawatt/hora. À TSF, presidente da CIP, António Saraiva, avisa que para além do aumento da eletricidade, há outros problemas que as empresas enfrentam, temendo uma "escalada de preços".
Corpo do artigo
O presidente da Confederação Empresarial de Portugal afirma que o nível de preços atingidos pela eletricidade no mercado grossista não estava no pior dos pesadelos dos empresários.
Em declarações à TSF, António Saraiva revela que já há empresas de distribuição de energia a quererem denunciar contratos para poderem atualizar os preços, confessando alguma preocupação.
"Esta quinta-feira, quatro recorde com 288,53 megawatt/hora, é um valor que não estava nos nossos piores pesadelos equacionado. De tal modo, que algumas empresas fornecedoras de energia [...] estão a tentar denunciar os contratos porque as margens de comercialização já estão desatualizadas", alerta.
  TSF\audio\2021\10\noticias\06\antonio_saraiva_1_
    
António Saraiva fala de uma tempestade perfeita até porque ao aumento do preço da energia juntam-se outros problemas, que enumera. "A somar ao aumento da energia, o aumento das matérias-primas e a sua escassez, o aumento do custo de transporte", refere António Saraiva.
  TSF\audio\2021\10\noticias\06\antonio_saraiva_2_a_juntar_
    
Perante este cenário, o presidente da CIP admite que já há aumentos de preços com consequências na inflação. "Os custos de produção aumentando desta forma e mantendo-se no tempo vai levar forçosamente a uma adaptação de preços, porque as margens são totalmente absorvidas e levará, na Europa e no mundo, a uma escalada de preços", avisa António Saraiva.