A Stratus ou XFG foi detetada no final de janeiro, tendo começado pelo sudeste asiático. O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge confirma à TSF que detetou os primeiros casos em maio passado
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Com o fim da pandemia, a Covid-19 entrou na rotina, ao nível da gripe. Quer isto dizer que deixou de haver testagem especifica e sistemática a mostras do vírus. Os testes nas farmácias, por exemplo, mostram se é gripe A, B ou se é Covid, mas não vão ao ponto de identificar as estirpes.
O Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), laboratório nacional que faz o acompanhamento dos vírus respiratórios, passou também a fazer só análises esporádicas às amostras do SARS-CoV-2. São testes aleatórios que vão vendo as estirpes em circulação no país para detetar algum sinal de alarme.
E foi assim, apurou a TSF junto do INSA, que no passado mês de maio foram identificados em Portugal os primeiros casos da nova versão do vírus: a Stratus (ou XFG).
Não há, neste cenário, dados suficientes que permitam saber se há muitos ou poucos casos desta variante, nem motivos - por enquanto - para intensificar a vigilância.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) indica que esta sub-linhagem Stratus foi detetada no final de janeiro deste ano, estando identificada em 38 países, sobretudo no sudeste asiático. Não parece ser particularmente agressiva, é sim muito contagiosa.
Tende a causar dores de garganta fortes e mostra tendência para se tornar rapidamente dominante. A vacina será eficaz para evitar versões mais graves da doença e as pessoas mais velhas continuam a ser as de maior risco.
Ainda assim, a OMS não a considera uma variante de preocupação, mas apenas merecedora de vigilância.
O Centro Europeu de Controlo e Doenças dá a mesma indicação: fala no registo de casos em seis países, mas sublinha que não tem muitos dados, precisamente porque, tal como em Portugal, deixou de haver um acompanhamento minucioso da Covid-19.
O que se sabe desta nova versão Stratus é que é uma recombinação de sub-linhagens da velhinha Ómicron, a variante mais frequente em Portugal desde novembro de 2022.