O ministro da Saúde esclareceu que as cirurgias nos hospitais não estão em risco por falta de sangue e rejeitou que a «quebra» de stock se deva ao fim das isenções nas taxas moderadoras.
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«Houve uma quebra, mas felizmente neste fim de semana já há um crescimento em face do apelo que se fez e quero registar mais uma vez a generosidade das pessoas e também esclarecer que, ao contrário do que foi dito, não há qualquer cirurgia posta em risco por falta de sangue», disse Paulo Macedo, ministro da Saúde aos jornalistas.
Na sexta-feira o diretor do Serviço de Imunohemoterapia do Hospital de S. João, no Porto, manifestou-se «preocupado» com a «quebra substancial» nas dádivas de sangue, admitindo que, a continuar assim, seja necessário «adiar cirurgias».
No mesmo dia, o presidente da Associação de Dadores Benévolos de Sangue de Guimarães, Alberto Mota, disse não ter «qualquer dúvida» que a diminuição das dádivas de sangue em Portugal se deve ao fim das isenções dos dadores no acesso aos cuidados de saúde.
Já hoje, a administração do Centro Hospitalar de São João esclareceu, em nota enviada à imprensa, que «não há cirurgias adiadas por falta de sangue», acrescentando, ainda assim, que «o Serviço de Imunohemoterapia iniciou os processos conducentes ao incremento da recolha de dádivas».