As negociações entre o sindicato que representa os motoristas de matérias perigosas e a ANTRAM correu bem e, até ao final do mês, não haverá protestos.
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Pedro Pardal Henriques, vice-presidente do Sindicato Nacional de Matérias Perigosas, acredita que as negociações com a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) podem chegar a bom porto, tendo em conta que a ANTRAM está "disposta a negociar" e surgiu na reunião com "várias cedências".
"São negociações duras, mas podemos registar com agrado o facto de a ANTRAM vir com outra disposição para compreender o problema destes trabalhadores", explica o sindicalista, que anunciou uma espécie de pré-acordo à saída da reunião, que decorreu no Ministério do Planeamento e com o Governo a moderar.
Depois do encontro, Pardal Henriques revelou que há um "prazo de paz social até ao final do mês", altura em que as partes se voltarão a reunir. Assim, "até ao final de maio não há greve", assegurou.
O responsável explica que entre os temas em discussão estiveram a carga horária, as questões de saúde, os salários e a categoria profissional.
Em relação ao vencimento dos motoristas, Pardal Henriques não avançou o valor, mas prometeu fazê-lo mais tarde.
"Foi chegado a um valor que se aproxima daquilo que tínhamos pedido inicialmente. Concedemos um prazo alargado e que agora vamos apresentar aos nossos associados e ANTRAM vai apresentar aos seus associados. Se todos chegarmos a um acordo, todos ficaremos satisfeitos", realçou.
A greve dos motoristas de matérias perigosas 'parou' o país em abril, com centenas de postos de combustível a ficarem a 'zeros'.