CML aprova proposta do PCP para reaproveitar publicamente casas de banho da JMJ
Vereador comunista João Ferreira fala de uma rede "aberta e de uso livre" concentrada sobretudo nas zonas de Lisboa com mais carências. Câmara vai também tentar acabar com as casas de banho pagas em instalações de transportes públicos.
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A câmara de Lisboa aprovou, por unanimidade, uma proposta do PCP para o reaproveitamento das instalações sanitárias que vierem a ser compradas para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), no verão.
O vereador comunista na autarquia, João Ferreira, defende que, enquanto não há uma rede definitiva, esta é uma forma de rentabilizar o investimento e, sobretudo, de responder a uma necessidade identificada em muitos dos espaços públicos de Lisboa.
O objetivo é que a rede fique "aberta e de uso livre", cobrindo zonas da cidade com carência deste tipo de instalações, como "parques públicos, jardins, frente ribeirinha e zonas de animação noturna".
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Estes equipamentos devem também servir "os trabalhadores que desempenham a sua atividade predominantemente na rua, como motoristas de táxi e de autocarros", mas também outros que "precisam de aceder a instalações sanitárias".
Os bebedouros que venham a ser comprados para a JMJ podem ter o mesmo destino: o do reaproveitamento.
Foi também decidida a criação de uma aplicação de telemóvel que permita saber onde estão e se estão a funcionar estes sanitários e bebedouros em Lisboa.
Ao mesmo tempo, a autarquia vai pedir aos concessionários de espaços como estações de comboios ou de autocarros que deixem de cobrar o acesso a casas de banho públicas, já que "têm de as ter, e abertas ao público".
"Não fazem sentido as restrições que têm vindo a ser criadas, prevendo a utilização paga", comenta o vereador.