Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação concorda com a decisão governamental de abrir o ano letivo para alunos até aos 12 anos em 14 de setembro.
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A Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação (CNIPE) avaliou esta sexta-feira a tutela com um "satifaz" relativamente às decisões tomadas desde março e subscreve o regresso às aulas dos alunos até aos 12 anos em setembro.
Em comunicado enviado à agência Lusa após uma reunião no Ministério da Educação com os secretários de Estado João Costa e Susana Amador, a CNIPE afirma que nesta fase de pandemia da Covid-19 e já em desconfinação concorda com a decisão governamental de abrir o ano letivo para alunos até aos 12 anos em 14 de setembro.
A CNIPE adianta que partilhou com os governantes um conjunto de preocupações, como por exemplo os exames em julho e o acesso ao ensino superior, manuais escolares, o próximo ano letivo, a violência e segurança nas escolas, as mochilas escolares ou o financiamento das estruturas representativas das associações de pais.
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Na nota, a confederação refere que "avaliou a tutela com um satisfaz sobre as decisões tomadas após 16 de março de 2020", na sequência da pandemia do novo coronavírus, e que "subscreve e apoia as medidas que estão pensadas no que diz respeito ao regresso dos alunos à escola a partir do dia 14 de setembro de 2020", já que "vão procurar garantir que estão asseguradas as condições de higiene e saúde para fazer face a qualquer pandemia".
A CNIPE subscreve igualmente "a aposta do regresso dos alunos até aos 12 anos, podendo os restantes alunos ter aulas presenciais ou não".
"As escolas tudo irão fazer para recuperar o tempo e aprendizagens perdidas com manuais escolares ou não, já que estes podem não ser um problema quando as escolas e estratégias pedagógicas" forem diversificadas", adianta a CNIPE, que corrobora "a proposta de replicar boas práticas nas escolas da aplicação de medidas que apoiam os alunos com necessidades e requerem mais apoio".
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Nesse sentido, concorda com a "aposta no foco destes alunos em calendários específicos durante o ano letivo", salientando que "vão ser reforçadas as medidas de implementação e controlo do peso das mochilas e procurar que nas escolas se proporcionem logísticas próprias/cacifos ou outras formas que aliviam o peso da mochila".
A CNIPE "ficou agradada" ainda com o facto de poderem vir a ser articulados projetos locais de apoio e segurança aos alunos no que diz respeito à violência entre pares nas escolas.
Segundo a nota, "a expectativa criada na reunião é que o Governo tem em cima da mesa medidas" que pretende aplicar no próximo ano letivo e seguintes.
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"A CNIPE subscreve e espera que a escola e os seus profissionais possam vir a contribuir para a realização deste sonho", conclui.
O Ministério da Educação está a reunir desde quinta-feira com sindicatos, associações e representantes dos pais para debater a questão da abertura do próximo ano letivo.
A pandemia de Covid-19 já provocou quase 487 mil mortos e infetou mais de 9,6 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
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Em Portugal, morreram 1555 pessoas das 40 866 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
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