Reforço de médicos não é possível: conselho de administração do CHUC propõe rotatividade de equipas como alternativa.
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O Centro Hospitalar da Universidade de Coimbra (CHUC) está a preparar novas unidades de internamento para doentes com Covid-19, como forma de aliviar a pressão que se sente Hospital Geral.
A garantia surge depois de um grupo de médicos ter denunciado a falta de recursos humanos nos internamentos e nas urgências, onde chega a estar disponível, durante a noite, apenas "um médico para 169 camas".
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Os médicos do polo do Hospital Geral do CHUC referem que, ao contrário do que aconteceu na primeira vaga da pandemia, em que houve reforço de equipas, na segunda vaga não foram tomadas as mesmas medidas, o que está a provocar dificuldades graves.
Perante a denúncia, numa nota enviada à TSF, o conselho de administração do CHUC reconhece que a pressão excessiva sobre a urgência, nos últimos quatro dias, levou à "insuficiência de camas disponíveis" para doentes infetados com Covid-19.
Mas face ao pedido dos médicos do polo do Hospital Geral, deixa-se a ressalva: "os recursos solicitados pelos subscritores da carta, na extensão e com a dimensão com que são apresentados, pura e simplesmente não existem disponíveis."
Em alternativa, o conselho de administração anuncia que vai começar a ser feita a rotatividade de equipas entre os dois polos, o do Hospital Geral e o do Centro Hospitalar da Universidade de Coimbra.
No Hospital Geral os médicos têm 80 episódios de urgência por dia, pelo que "não existem recursos para ter equipas com a mesma dimensão" dos hospitais da Universidade de Coimbra, que tem cerca de 400 urgências dia e "fluxos de doentes cada vez com maior complexidade", justifica-se.
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