A Polícia Judiciária está a efetuar cerca de duas dezenas de buscas em vários colégios privados do grupo GPS. O relatório da Inspeção está no Ministério Público.
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As buscas estão a ser realizadas no âmbito de um processo-crime aberto pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de (DIAP) Lisboa por alegada apropriação ilícita de verbas transferidas pelo Estado no âmbito dos contratos de associação.
O conselho de administração do grupo GPS é presidido por António Jorge Calvete, que foi deputado socialista de 1999 a 2002, eleito pelo círculo de Leiria.
A notícia das buscas aos colégios do grupo privado foi esta manhã avançada pela TVI.
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A Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL) precisou, entretanto, que as diligências de busca decorrem em sociedades, estabelecimentos de ensino e domicílios, todas em referência com grupo privado que beneficia de contratos de associação com o Ministério da Educação.
Segundo a PGDL, as diligências, num total de 24, estendem-se, geograficamente, por vários concelhos do país e envolve a participação de magistrados, inspetores e peritos financeiros e informáticos.
Hoje também se soube que o relatório do inquérito da Inspeção Geral de Educação e Ciência (IGEC) sobre os colégios do Grupo GPS foi enviado para o Ministério Público, disse hoje à agência Lusa fonte do Ministério da Educação.
«Posteriormente foram solicitadas pela Polícia Judiciária as auditorias realizadas pela IGEC, que foram remetidas com despacho de concordância do secretário de Estado do Ensino e Administração Escolar», João Casanova de Almeida, referiu a mesma fonte.
De acordo com o Ministério, as primeiras auditorias aos colégios do grupo GPS foram solicitadas pelo secretário de Estado «ainda durante o verão de 2012», antes de a TVI ter iniciado a emissão de reportagens em que se denunciam alegadas irregularidades no que diz respeito ao financiamento recebido do Estado.