Augusto Flor condena a falta de medidas concretas para o movimento associativo.
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Augusto Flor, presidente da Confederação Portuguesa das Colectividades de Cultura, Recreio e Desporto, lamenta que as coletividades tenham ficado fora dos apoios anunciados pela ministra da cultura.
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Em declarações à TSF, o responsável condena a falta de medidas concretas para o movimento associativo. "Quando o ministério da Cultura fala em políticas para a cultura nunca, mas nunca estão a pensar na cultura popular e tradicional que é desenvolvida por estas 33 mil coletividades. Podem estar a pensar na cultura de uma forma geral, mas nunca incluem este aspeto."
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Augusto Flor compreende que é preciso cumprir as medidas implementadas no combate à pandemia, mas lembra que as coletividades são muito diferentes umas das outras. Há actividades que podiam continuar, considera.
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O ensino da música, por exemplo, é possível fazer através de "parcelas - primeiro ensaiam uns, depois ensaiam outros". O mesmo com algumas atividades desportivas e recriativas.
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Augusto Flor argumenta que ainda não houve surtos de covid nas coletividades e alerta mesmo que o confinamento pode ameaçar o "funcionamento democrático" do setor associativo.
A Confederação não sabe quantas coletividades já encerraram desde o início da pandemia, mas lembra que muitas estão sem poder eleger órgãos sociais devido aos vários estados de emergência que aconteceram em março e dezembro, meses habituais para realização das assembleias gerais.
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"As coletividades podem estar a encerrar porque não têm órgãos sociais eleitos ou por razões de ordem financeira", alerta.
Em Portugal existem 33 mil coletividades geridas por 400 mil dirigentes associativos.