Com chuvas fortes, APA tenta conter detritos dos incêndios nas linhas de água
A Agência Portuguesa do Ambiente está no terreno na zona norte e centro do país
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Depois dos incêndios e com as chuvas que estão previstas nas zonas norte e centro do país, a preocupação da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) está em três captações de água. Por esse motivo, nesses locais, está a colocar pequenas barreiras para conter as cinzas e outros materiais produzidos pelos incêndios que poderão ser arrastados para as linhas de água.
Embora garanta que a qualidade do abastecimento público está garantida, o presidente da APA afirma que é na captação do Carvoeiro, que abastece na região de Aveiro mais de 320 mil pessoas, que estão a fazer intervenções a montante, "nas linhas que confluem ao rio Vouga, na zona de Albergaria e em Águeda". "Estamos já no terreno a intervir", afirma Pimenta Machado. O mesmo está a ser feito em São Pedro do Sul e em Penalva do Castelo, no Rio Dão, e em Castro Daire.
"É uma resposta de emergência, acima de tudo porque vamos ter muita chuva na quarta e quinta-feira". Pimenta Machado diz que estão previstos picos de precipitação forte a norte do Mondego e em toda a bacia do Douro, mas também no rio Lima e no Cávado. "Percebendo o risco que resulta da chuva que pode arrastar materiais para as massas de água e alterar a sua qualidade (...) estamos a atuar para prevenir a alteração da qualidade dessas massas de água."
Numa segunda fase, a APA, em conjunto com o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), vai fazer um levantamento mais rigoroso do que será necessário realizar no terreno, depois dos incêndios que lavraram durante vários dias naquelas regiões. Tendo os recursos hídricos a seu cargo, a função da APA será reparar zonas que foram afetadas como captações de água, praias fluviais ou passagens hidráulicas. Pimenta Machado garante a instituição "tem como experiência o que foi feito nos incêndios de 2017".