Com poupança e investimento, Rita Piçarra “comprou a liberdade” e deixou de trabalhar aos 44 anos
Nesta entrevista à TSF, a antiga diretora financeira da Microsoft Portugal revela como conseguiu a "reforma" mais de 20 anos antes da idade prevista.
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Há quem viva para trabalhar. Há quem trabalhe para viver. Em mais de 20 anos de carreira, Rita Piçarra conheceu os dois extremos. Viveu em cinco países e seis cidades diferentes. Assumiu vários desafios e cargos e conseguiu chegar ao topo, ao tão ambicionado lugar de diretora financeira de uma grande empresa.
Aos 44 anos, Rita Piçarra decidiu dizer: A Vida não Pode Esperar. É este o título de um livro onde conta a sua experiência. A carreira começou no mundo da auditoria, onde a regra é trabalhar, trabalhar, trabalhar. Depois de procurar novas oportunidades e até "enviar currículos para uma sociedade hortícola no Alentejo", surgiu a oportunidade numa grande tecnológica. Já na Microsoft Portugal, empresa onde esteve 18 anos, assumiu desde o primeiro momento a meta de chegar ao lugar de diretora financeira.
A morte prematura dos pais trocou-lhe as voltas, e nessa altura surgiu um objetivo: deixar de trabalhar aos 50 anos. Tal aconteceu mais cedo, aos 44 anos, e a independência financeira chegou dois anos antes, aos 42. Até concretizar esse objetivo foi traçado e cumprido um milimétrico plano, com duas grandes variáveis: poupança e investimento. A missão é ainda mais inédita num país de baixos salários e onde poupar é uma tarefa muitas vezes difícil para as famílias.
Nesta entrevista, Rita Piçarra explica como conseguiu fazer o que, para muitos, foi visto como um ato de "loucura". A conversa tem como ponto de partida o dia 17 de julho do ano passado, a data em que tudo mudou. O dia em que a gestora disse adeus para sempre ao escritório onde passou grande parte do percurso profissional. Já lá vão nove meses de uma nova vida.
