Combate aos fogos: Braga pediu autorização para que meios aéreos pesados atuem no distrito
Autarca fala da falta de respostas "mais capazes" e revela que há apenas dois helicópteros ligeiros no distrito.
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A câmara municipal de Braga já pediu autorização à Proteção Civil que os meios aéreos pesados de combate aos incêndios possam atuar no distrito, depois da denúncia feita este domingo pelo PSD, de que quatro distritos estão sem meios aéreos no nível II do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR): além de Braga, estão sinalizados os distritos de Setúbal, Beja e Portalegre.
À TSF, o autarca de Braga, Ricardo Rio, confirma que não há aviões no distrito, mas sim apenas helicópteros.
"Neste momento, no distrito de Braga temos dois helicópteros ligeiros: um Braga e outro em Fafe", indica o líder do executivo municipal. No distrito vizinho de Viana do Castelo, "que cobre uma das áreas mais críticas do risco de incêndio, que é toda a área do parque da Peneda-Gerês, também só há dois helicópteros ligeiros em Arcos de Valdevez".
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Esta é uma situação que não garante as respostas "mais capazes" que o autarca defende serem necessárias na região e, por isso, Ricardo Rio voltou a pedir à Autoridade Nacional de Proteção Civil o envio de meios aéreos pesados. O aeródromo da cidade, garante, está disponível para receber aviões que permitam combater os muitos incêndios que costumam assolar a região.
Reconhecendo que "há alguma gestão de recursos que tem de ser feita" a nível nacional, Ricardo Rio defende que a mesma "não pode descurar zonas que historicamente têm sido visadas de forma mais intensa", não só pelo número de ocorrências, mas também pelo património natural, como "o parque da Peneda-Gerês, e as matas que envolvem os sacro montes entre Braga e Guimarães".
A TSF já pediu esclarecimentos ao ministério da Administração Interna, que remeteu para a Força Aérea Portuguesa. Ainda não foram dadas explicações.