Comboio parado em Benfica. PS garante que "não esteve em causa segurança", PSD quer "pedido de desculpa"
O PS destaca "o maior ciclo de investimentos na ferrovia" protagonizado Governo de António Costa.
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Em dia de greve na CP, com centenas de comboios suprimidos, o tema foi a debate na Assembleia da República, com a oposição a lembrar o incidente na linha de Sintra, na semana passada, com o comboio sobrelotado e os passageiros a circularem pelos carris.
O PSD desafiou o Governo socialista a pedir desculpa aos portugueses, depois de um incidente "intolerável", que retrata "um Governo incapaz e incompetente".
O pedido de desculpas não chegou, nem pelo Governo, nem pelos 120 deputados da maioria absoluta do PS, e o socialista José Carlos Barbosa defendeu até que o incidente "não colocou em causa a segurança dos passageiros".
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"A pergunta que se impõe a um democrata que não se deixa embriagar pelo populismo e pela demagogia é: esteve em causa a segurança dos passageiros? Não, não esteve. As linhas foram de imediato interditadas", sustentou.
É apenas "populismo da oposição", acrescenta o socialista, que em dia de greve destaca "o maior ciclo de investimentos na ferrovia" protagonizado pelo atual Governo. O secretário de Estado das Infraestruturas, Frederico Francisco, admite, no entanto, que existem "insuficiências", mas garante que o trabalho está a ser realizado.
"Podemos ficar presos aos incidentes, aos pormenores, apontar defeitos e insuficiências, que existem, não negamos, e vão demorar tempo a eliminar. Mas não nos pode impedir de reconhecer as melhorias que são visíveis: há muitas décadas que não se fazia tanto pelos caminhos-de-ferro em Portugal", disse.
O debate de urgência foi marcado pela Iniciativa Liberal, com o líder Rui Rocha a criticar a imprevisibilidade do Governo socialista, que leva os portugueses "a não saberem como será o seu dia".
"Com o Governo do PS, os portugueses acordam e não sabem nada como irá ser o seu dia. Não sabem se irão ter transporte para casa e para o trabalho. E o primeiro-ministro, António Costa, diz-lhes: habituem-se", atirou.
Os liberais defendem a privatização da CP e a concorrência na ferrovia, e as críticas da esquerda fizeram-se ouvir, com o PCP e o Bloco de Esquerda a puxarem por exemplos de empresas privadas na Europa que não vingaram.
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