Nos últimos dias, a crise sismovulcânica nos Açores abrandou e os que, por prevenção, abandonaram a ilha de São Jorge estão a regressar, porque "a vida tem de continuar".
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Mais de duas semanas depois do início da crise sísmica na ilha de São Jorge, os que partiram estão a regressar, porque "a vida tem de continuar". São essencialmente os mais novos, porque muitos dos mais velhos ainda continuam fora, é o que conta à TSF o presidente da Junta de Freguesia de Velas, Hélio Rosa.
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O presidente da Junta de Freguesia explica que atualmente o movimento na ilha "é pouco". Alguns locais permanecem "fechados" e só os "turistas mais curiosos" arriscam viajar para a ilha. Hélio Rosa receia que o turismo de verão em São Jorge fique comprometido com as notícias das últimas semanas.
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Nos últimos dias, a crise sismovulcânica abrandou. Registou-se uma clara redução da frequência diária de sismos, assim como da magnitude dos abalos, mas Rui Marques, presidente do Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA), sublinha que "esta ligeira diminuição" não significa "que estejamos a caminhar para o fim desta crise".
"Temos de continuar a acompanhar, não é possível prever a evolução destes sistemas", refere.
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Desde 19 de março o Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores já registou mais de 26 mil sismos. O nível de alerta mantém-se no grau V4, o mais elevado antes de uma erupção.
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O presidente do CIVISA sublinha que nunca foi dada ordem para evacuar o concelho de velas, apenas aqueles que têm dificuldades de locomoção foram retirados da vila por precaução. Ainda assim, Rui Marques apela a quem habite "em casas de pedra, mais debilitadas" e que tenha a "possibilidade de pernoitar em casas de familiares, que tenham melhores condições de resistência à ação sísmica", que o façam como forma de prevenção.
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Desde o início da crise sísmica, foram identificados cerca de 225 abalos sentidos pela população. O CIVISA refere que, desde 19 de março, a atividade sísmica registada na parte central da ilha de São Jorge, num setor compreendido entre Velas e Fajã do Ouvidor, "continua acima do normal".
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O sismo mais energético da crise sismovulcânica de São Jorge ocorreu a 29 de março, às 21h56, e teve magnitude 3,8 na escala de Richter.
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