Comemorações da Polícia Marítima em Viana do Castelo: “É uma profissão que dá liberdade e serve a comunidade"
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O Dia da Polícia Marítima vai este ano ser celebrado em Viana do Castelo. As comemorações, que assinalam o 105.º aniversário daquela polícia de especialidade, vão decorrer a partir desta sexta-feira até 27 de outubro, com exposições interativas e estáticas, um concerto da Banda da Armada, uma cerimónia com desfile das forças em parada, demonstração de capacidades batismos de mar e de mergulho. Todas as atividades estão abertas à população.
Homens e mulheres, que integram a Polícia Marítima, vão contactar com o público, durante cerca de dez dias naquela cidade. Os agentes Diogo Teixeira e Daniela Oliveira, contaram à TSF, porque escolheram a profissão.
“Gosto da liberdade que a profissão nos dá, a capacidade de andar ao ar livre no dia a dia, e trabalhar com a comunidade e servir a comunidade”, explica o agente Teixeira, acrescentando que aprecia também “a ausência de uma rotina muito específica e a dinâmica de serviço, de tanto estar no rio como passar para o mar, passar das embarcações para as viaturas e também a versatilidade do trabalho”.
O meu gosto pela “liberdade” manifestado pelo seu colega [de profissão e de curso] Teixeira, é referido pela agente Daniela Oliveira, que é uma das mulheres que já vão escolhendo a Polícia Marítima. “Já há bastantes. No meu curso éramos 25 e cinco eram raparigas. Anda somos poucas, mas acho que está a aumentar o número de raparigas na Polícia Marítima”, referiu.
Uma das competências desta polícia de especialidade, no âmbito da Autoridade Marítima Nacional (AMN), é a fiscalização, que por estes dias naquela cidade, incide na captura de berbigão.
“É uma atividade que se desenrola bastante nesta época no rio Lima, uma vez que nesta altura do ano há muitas espécies que estão no defeso e então a classe piscatória direciona-se para esta atividade”, explica o subchefe Igor Azevedo.
Neste tipo de fiscalização, que compreende ações duas ou três vezes por semana, a Polícia Marítima, faz verificação da documentação, coletes, artes de pesca utilizadas e quantidades de bivalves a bordo.
“Bom dia mestre, dá para encostar, por favor”, chama o subchefe Azevedo, dirigindo-se à embarcação “Big”, que pesca no rio nas imediações da ponte Eiffel, em Viana do Castelo.
“Posso ver a documentação, faz favor? Que quantidade é que o senhor tem? Podemos ver?”, solicita.
O mestre do barco, Nuno Barbosa, responde:
“Deve andar nos 180 quilos. Cada ‘gigo’ [cesto] leva mais ou menos 25 quilos, mas ainda vai ser tudo crivado, que é para ficar na medida [crivo de 19 milímetros] ”.
Os pescadores podem capturar 1200 quilos por semana ou 300 quilos por dia até perfazer aquela quantidade.
O ‘Big’, com o mestre Nuno e o seu companheiro Alexandre a bordo, anda no rio desde as 7h00. A pesca do berbigão faz-se à custa de trabalho braçal. É utilizado um instrumento, com um cabo de madeira longo e uma estrutura em forma de caixa com dentes de metal, que os pescadores chamam “gadanho”. O nome oficial é draga de mão e é usado para rapar o leito do rio e capturar os moluscos.
“Começamos a pescar quando vem o sol. É duro. Muito duro, mesmo. Aqui há zonas muito duras e esta é uma delas. Vem o gadanho cheio, mas só traz meio gadanho de berbigão [o resto é areia e detritos]”, conta o mestre.
Os moluscos são crivados e lavados a bordo. O barco passou sem incidentes pela fiscalização.
“Isto está sempre legal. Trabalhamos o ano todo. Trabalhamos isto, parando isto, começamos a época da lampreia, depois temos solhas. Temos muitas artes aqui. É sempre a andar. Por isso, temos tudo legal”, afirma o mestre Barbosa.
Neste tipo de fiscalização, feita duas ou três vezes por semanas, a Polícia Marítima, faz verificação da documentação, dos coletes e também das quantidades de bivalves a bordo.
“Bom dia mestre, dá para encostar, por favor”, chama o subchefe Azevedo, dirigindo-se a outro barco, que pesca nas imediações da ponte Eiffel, em Viana do Castelo.
“Posso ver a documentação, faz favor? Que quantidade é que o senhor tem? Podemos ver?”, diz.
“Deve andar nos 180 quilos. Cada ‘gigo’ leva mais ou menos 25 quilos, mas ainda vai ser tudo crivado, que é para ficar na medida [crivo de 19 milímetros] ”, responde Nuno Barbosa, mestre da embarcação ‘Big’, que, tinha a bordo outro pescador, Alexandre, e andava à pesca também desde as 7h00.
“Começamos a pescar quando vem o sol. É duro. Muito duro, mesmo. Aqui há zonas muito duras e esta é uma delas. Vem o gadanho cheio, mas só traz meio gadanho de berbigão [o resto é areia e detritos]”, comenta o mestre, indicando que, cada embarcação, “pode apanhar 1200 quilos de berbigão por semana. Ou 300 por dia e pescamos de segunda a quinta-feira”. As embarcações têm a bordo uma depurada para crivar e lavar os moluscos, que assim ficam preparados para entrar no mercado e chegar ao consumidor final.
Na embarcação fiscalizada estava tudo em ordem.
“Isto está sempre legal. Trabalhamos o ano todo. Trabalhamos isto, parando isto, começamos a época da lampreia, depois temos solhas. Temos muitas artes aqui. É sempre a andar. Por isso, temos tudo legal”, afirmou o mestre Barbosa.
Segundo o subchefe Igor Azevedo, “a infração mais comum”, neste tipo de pesca, "tem a ver com os coletes”. “O colete não dá muito jeito para trabalhar e eles facilitam um bocado e tiram, como se sentem seguros no rio, mas é certo que os acidentes acontecem. A maior parte dos autos ocorre por causa dos coletes de salvamento”, referiu o subchefe, indicando que, no que toca a atividade de fiscalização da Polícia Marítima no geral, a infração mais frequente tem a ver com a captura de meixão, que apenas é permitida nos rios Minho e Guadiana.
“Como é uma espécie bastante valorizada no mercado, o pessoal arrisca e tentar capturar meixão, quando dá”, justificou.
Em Viana do Castelo será comemorado, a partir desta sexta-feira, o 105° aniversário daquela polícia e contará com exposições interativas e estáticas, batismos de mar e de mergulho, concerto da Banda da Armada, cerimónia com desfile das forças em parada e demonstração de capacidades.
As comemorações vão proporcionar à população batismos de mar e de mergulho. Os primeiros no cais da APDL, entre as 14h00 e as 18h00, nos dias 26 e 27 deste mês. Os batismos de mergulho, no mesmo horário, dia 26, na Piscina Municipal do Atlântico.
