Comissão da Proteção Civil do Porto vai pedir ao Governo recolher obrigatório no distrito

Ivan Del Val/Global Imagens
Marco Martins falou com a maioria dos autarcas do distrito e garante que, uma grande parte, defende o recolher obrigatório.
Corpo do artigo
O presidente da Comissão Distrital da Proteção Civil do Porto, Marco Martins, avançou esta quarta-feira que vai pedir ao Governo que decrete o recolher obrigatório no distrito durante a noite. O objetivo é travar o crescimento do número de casos na região, devido aos ajuntamentos noturnos.
Marco Martins falou com a maioria dos autarcas do distrito e garante que, uma grande parte, defende o recolher obrigatório. "O que os autarcas, na sua maioria, defendem é que haja um recolher obrigatório à noite, depois de os restaurantes fecharem", adianta.
Assim sendo, Marco Martins defende que "há que definir aqui uma hora pelo Governo para que a economia também não pare e para que não tenhamos consequências sociais e económicas ainda maiores desta crise", mas que travem "convívios familiares, festas sociais até altas horas da noite ou ajuntamentos de jovens".
Marco Martins, que é também presidente da Câmara Municipal de Gondomar, garante que o Governo tem mostrado sensibilidade para o assunto.
Eduardo Vítor Rodrigues pede medidas mais arrojadas, incluindo o decretar de Estado de Emergência. O presidente do Conselho Metropolitano do Porto é a favor da medida de recolher obrigatório, mas considera que o Governo deve avançar com uma proposta mais robusta: "O recolher obrigatório é uma medida avulsa que só faz sentido se for integrada num quadro um bocadinho mais alargado e mais ambicioso e, desde logo, parece-me que ele só será viável com uma alteração para um estado de emergência, em que o país se encontra."
O presidente do Conselho Metropolitano do Porto propõe outras medidas que podem ajudar a controlar a situação de pandemia no Norte, como o funcionamento das equipas da administração local e central em espelho e acredita que está "no momento de pensar nas universidades e perceber por que razão é que em muitas universidades se vai um ou dois dias à universidade".
"Acho que é necessário fazer aqui um stop", remata.
12971104