Comissão de Utentes da Via do Infante diz que próximo passo é lutar pela EN125

Apesar das portagens naquela via rápida deixarem de ser pagas a partir do dia 1 de janeiro de 2025, a Comissão de Utentes da Via do Infante (CUVI) considera que não há motivos para baixar os braços ou desmobilizar. ”A partir deste momento, vamos continuar a exigir a desmontagem dos pórticos, porque não sabemos se de hoje para amanhã haverá outro Governo que, alegando dificuldades para o país, seja tentado a colocar novamente as portagens”, salienta o porta-voz da comissão.

João Vasconcelos afirma que vão lutar também para que seja conhecido o contrato da Parceria Público-Privada (PPP) daquela estrada. O porta-voz da CUVI garante que muitas empresas da região foram à falência pelos montantes que eram obrigadas a pagar nesta via rápida, adiantando que, em todas as PPP das autoestradas, o Estado está a pagar demasiado: serão 1100 milhões anuais, alega, quando segundo o Eurostat só deveria ser 400 milhões. “Há aqui muitos milhões de que o Estado foi expurgado e que os contribuintes tiveram de pagar a essas concessionárias”, assegura.

Esta comissão, que durante 13 anos fez marchas lentas, buzinões e inúmeras reuniões para acabar com as portagens na Via do Infante, considera que há outra estrada no Algarve que merece atenção.

Por isso, já decidiu constituir-se como Comissão de Utentes não só da Via do Infante mas também da Estrada Nacional 125, uma estrada onde faltam realizar as obras de requalificação entre Olhão e Vila Real de Santo António, num braço de ferro com a concessionária que permanece na Justiça. ”Que este governo, já que o outro não teve coragem, faça o resgate da concessão”, apela.

A comissão de utentes faz igualmente um desafio aos automobilistas que circulem na Via do Infante: para assinalarem o fim do pagamento das portagens, no dia 1 de janeiro, entre as 10h00 e as 12h00 e entre as 16h00 e as 18h00 buzinem quando entrarem na estrada.