
António Costa
Mário Cruz/EPA
O primeiro-ministro revelou, em conferência de imprensa após o Conselho Europeu, que Portugal prevê receber mais de 16 milhões de doses de vacinas.
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O primeiro-ministro, António Costa, revelou esta quinta-feira que está a ser realizado um trabalho conjunto da Agência Europeia do Medicamento e da Agência Americana do Medicamento para que as primeiras autorizações para as vacinas na União Europeia sejam dadas em dezembro.
"A presidente da Comissão informou que há uma visão otimista de que durante o mês de dezembro poderão aparecer as primeiras autorizações para a vacina. Ficou estabelecido que a Comissão Europeia vai desenvolver uma estratégia comum para a vacinação, para prevenir as fake news e contra-informação. Não haverá solução final para esta pandemia enquanto não houver uma vacina ou tratamento eficaz para a Covid", explicou o primeiro-ministro após o Conselho Europeu desta quinta-feira, que decorreu de forma eletrónica.
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A Comissão Europeia já assinou quatro contratos com diferentes laboratórios para permitir a distribuição da vacina pelos vários estados-membros, que será feita de acordo com uma grelha "que tem em conta a população" de cada país.
A Portugal estão atribuídas três vacinas, repartidas por "6,9 milhões, 4,6 milhões e 4,5 milhões" de doses.
Bazuca bloqueada
António Costa revelou esta quinta-feira que as negociações para resolver o bloqueio da Hungria, Polónia e Eslovénia à chamada "bazuca europeia" estão a ser conduzidas pela Alemanha, que preside neste momento à União Europeia.
"Se era urgente uma bazuca na primeira vaga, agora essa urgência aumentou", notou o chefe de Governo antes de revelar que acredita a situação vai resolver ainda antes da presidência portuguesa da União Europeia, que começa no próximo ano.
"Já temos uma carga de trabalhos importante para a presidência portuguesa", notou António Costa. "Se a senhora Merkel conseguir fechar o acordo já amanhã de manhã, ficará de certeza muito feliz, ficaremos todos."
O Conselho Europeu volta a reunir-se em dezembro. A expectativa é de que, até lá, já exista luz verde para avançar com a distribuição dos fundos por todos os estados-membros.