Onde ficará o novo aeroporto de Lisboa? Lista final de localizações possíveis divulgada esta 5.ª feira
O objetivo é apresentar uma solução até ao final do ano.
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A comissão técnica independente que está a estudar a expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa anuncia esta quinta-feira a lista final de localizações possíveis, com o objetivo de apresentar uma solução até ao final do ano.
A apresentação da lista final vai ser feita na primeira conferência da Comissão Técnica Independente (CTI), sobre os resultados das atividades desenvolvidas na primeira fase da Avaliação Ambiental Estratégica sobre o aumento da capacidade aeroportuária para a região de Lisboa.
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Criada no final do ano passado, a CTI, instalada no Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), em Lisboa, tem como coordenadora-geral a professora Rosário Partidário e conta com uma equipa de seis coordenadores técnicos.
O bastonário da Ordem dos Engenheiros está contra soluções duais ou que fiquem a mais de cem quilómetros de distância da região de Lisboa. Fernando Almeida Santos defende que o novo aeroporto será mais competitivo quanto mais próximo estiver da capital, e, por isso, há opções que não fazem sentido.
"A Ordem dos Engenheiros não defende soluções duais, entendemos que deve ser uma solução estruturante, de raiz e definitiva para o país que permita o fluxo de ligação entre a Europa, América e África. Tendo nós um país com pouco mais de 90 mil quilómetros quadrados, com uma capital em Lisboa, num país relativamente pequeno em território, estar a afastar um aeroporto da principal cidade que usufruirá desse aeroporto também nos merece alguns comentários, porque certamente que temos algum mercado interno. Temos que ter algum cuidado na forma como optamos pelas localizações", explicou à TSF Fernando Almeida Santos.
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A Ordem dos Engenheiros faz parte da comissão de acompanhamento da comissão técnica independente. O bastonário sublinha que o fator proximidade tem que ser determinante, sob pena de prejudicar a competitividade do país. Fernando Almeida Santos confessa ainda alguma surpresa por existirem 17 propostas.
"A Ordem dos Engenheiros, fazendo parte da comissão de acompanhamento, sabia que ia haver interesses de algumas propostas que já se vislumbravam, mas nunca neste número, que nos parece elevado, mas também acredito que haja algumas propostas, cuja substância não está suficientemente estudada. Para nós, a parte mais importante é a decisão e já temos vindo a dizer que mesmo a decisão é insuficiente, porque já há exemplos de decisão em Portugal que depois não têm sequência e, portanto, é a decisão e a implementação", sublinha.
Em entrevista à Lusa, no final de janeiro, a professora universitária Rosário Macário, coordenadora técnica da CTI e especialista em Planeamento e Operação de Sistemas de Transportes, que ficou responsável pela coordenação da área de planificação aeroportuária, adiantou que Beja e Alverca tinham entrado para a lista de possíveis localizações e que a comissão estava ainda aberta à receção de mais propostas.
Estas duas localizações somam-se às cinco propostas contempladas na resolução do Conselho de Ministros aprovada no ano passado, que definiu a constituição de uma CTI para analisar cinco hipóteses para a solução aeroportuária de Lisboa (Portela + Montijo; Montijo + Portela; Alcochete; Portela + Santarém; Santarém), mas previa que pudessem ser acrescentadas outras opções.
Nos últimos dias, têm sido noticiadas também as hipóteses de Monte Real (Leiria) e Alcochete + Portela.
Os relatórios com as conclusões da CTI têm de estar fechados até novembro, passando-se depois para a fase de discussões públicas.
* Notícia atualizada às 07h37