Ricardo Araújo Pereira quer saber como é que os devedores da CGD conseguiram passar nos testes de esforço, para lhes terem sido concedidos empréstimos tão avultados.
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Joana Amaral Dias teve acesso ao relatório da auditoria à CGD, que revela como foram feitos os empréstimos às entidades devedoras ao banco, que envolvem milhares de milhões de euros. Sabe-se agora que os empréstimos foram concretizados sem terem sido feitas análises de risco ou, tendo sido ignoradas as conclusões dessas análises, sem terem sido apresentadas garantias, ou até mesmo sem a documentação necessária.
Ricardo Araújo Pereira constata terá sido assim que "na sequência da crise financeira havia pessoas que tinham dinheiro no banco, e ficaram sem ele, e outras que tinham dinheiro do banco, e o banco ficou sem ele".
Acrescenta ainda que o que causa realmente perplexidade no caso é a facilidade com que se emprestaram tais somas de dinheiro, porque quando uma pessoa normal pede um empréstimo, o banco obriga-a a fazer testes de esforço: "a mim obrigaram-me a correr na passadeira, para saberem se estou bom, se tenho doenças, se tenho diabetes, se sou alérgico ao pólen, tudo! (...) Em que condição física é que estão estes 'pançudos', para terem passado no teste da passadeira?".
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