Dois economistas ouvidos na Tarde TSF, revelaram visões ligeiramente diferentes sobre o impacto da mudança das regras dos apoios sociais aprovadas contra a vontade do Governo, pelo Parlamento.
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Susana Peralta, economista da Nova SBE, diz que os 38 milhões de euros que o Governo estima que possam custar estas mudanças não são tão relevantes como os mil milhões pagos em apoios desde o início do ano.
João Borges de Assunção, economista da Católica Lisbon BE, não desvaloriza o impacto no crescimento da despesa, mas acrescenta que não será por este acerto que o Governo será obrigado a apresentar um orçamento retificativo.
Os dois consideram que há justiça nas medidas que tentam garantir mais apoio a quem está a ser obrigado a diminuir os rendimentos.
De igual modo, Susana Peralta e João Borges de Assunção sublinham os riscos do precedente do Parlamento ao contornar a prorrogativa do Governo, em termos de medidas orçamentais.
Susana Peralta chama a atenção para a necessidade de pagar os custos desta crise de forma solidária, entre todos os contribuintes de impostos, e não apenas entre os mais afetados.
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João Borges de Assunção reconhece razões ao Governo, que se queixa de o Parlamento estar a legislar em terrenos que não são seus, mas lembra que a posição do Executivo está fragilizada, porque o Parlamento decidiu corrigir um esquecimento do Governo, em relação a alguns grupos profissionais.
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