PSD critica «omissões». CDS-PP lamenta «viragem à extrema-esquerda». PCP diz que PS permanece «agarrado à política de direita». O Bloco de Esquerda fala em «omissões graves».
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Marco António Costa, considera que faltou contar a história que o país viveu nos últimos anos.
«Este é um discurso que está cheio de omissões, faltou aqui contar uma história importante que é a história que o país viveu nos últimos anos, houve aqui uma omissão muito importante que é recordar que houve uma confiança que foi traída ao povo português em 2011, quando o país foi lançado na bancarrota», afirmou o porta-voz do PSD.
O eurodeputado do CDS-PP Nuno Melo lamentou a ausência de ideias e propostas no discurso do novo secretário-geral do PS.
«Seria suposto que quem pede uma maioria absoluta em primeiro lugar tenha a capacidade de fazer uma reflexão sobre o mal que fez ao país durante cerca de legislatura e meia e, depois, já agora, também a capacidade de apresentar um programa, porque quem se propõe governar não pode pedir uma maioria absoluta em cima de nada», disse.
O membro da comissão política do PCP, Carlos Gonçalves, acusou o PS de permanecer «agarrado à política de direita».
«Se os portugueses, hoje, esperavam aqui alguma novidade, por muito interessantes e diferentes que sejam estes discursos, de facto, não houve nem uma proposta séria para romper com a política de direita e para termos uma alternativa patriótica e de esquerda», afirmou.
O Bloco de Esquerda acusa o PS de estar «apostado em ter o poder».
«Peca por omissões graves em termos de soluções políticas para o país. Não ouvimos António Costa falar sobre a dívida e a reestruturação, sobre a reposição dos salários aos portugueses e portuguesas, assim como não ouvimos também uma posição clara sobre a sobretaxa do IRS».