"Como teve coragem de negar o reforço de meios aéreos em Palmela?" Octávio Machado arrasa Patrícia Gaspar
O presidente dos Bombeiros Voluntários de Palmela lamentou o desinvestimento "desde 2005 para cá" na associação de Bombeiros Voluntários de Palmela.
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Octávio Machado, presidente dos Bombeiros Voluntários de Palmela, criticou a ação de Patrícia Gaspar, a secretária de Estado da Administração Interna, por alegadamente ter "negado o reforço de meios aéreos" na região.
No início do combate às chamas, apenas um meio aéreo estava disponível no local e Octávio Machado, em declarações aos jornalistas, continuou a julgar a ação da secretária de estado: "o que é triste é que ela [Patrícia Gaspar] conhece isto tão bem como eu, porque foi Comandante Operacional Distrital de Setúbal", recordou.
Numa altura em que as chamas se aproximam do centro urbano da vila do distrito de Setúbal, o presidente dos Bombeiros Voluntários de Palmela falou de um desinvestimento "desde 2005 para cá" na associação, pelo que, na sua opinião "era previsível que mais ano menos ano ardesse tudo" na região.
No local, segundo Octávio Machado, estão cerca de 180 operacionais a combater o fogo de Palmela.
De acordo com a página de Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, às 14h20 estavam no terreno 207 bombeiros, apoiados por 43 veículos e um meio aéreo a combater o fogo que lavra em zonas de mato da encosta sul do Castelo de Palmela, de muito difícil acesso para os bombeiros.
Portugal continental está em situação de contingência até às 23h59 de sexta-feira devido às previsões meteorológicas, que apontam para o agravamento do risco de incêndio, com temperaturas que podem ultrapassar os 45 ºC em algumas partes do país.
A situação de contingência corresponde ao segundo nível de resposta previsto na lei da Proteção Civil e é declarada quando, face à ocorrência ou iminência de acidente grave ou catástrofe, é reconhecida a necessidade de adotar medidas preventivas e ou especiais de reação não mobilizáveis no âmbito municipal.
A maioria dos distritos de Portugal continental estão sob aviso vermelho, o mais grave, devido ao tempo quente, com mais de uma centena de concelhos em perigo máximo de incêndio rural, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera.