Augusto Santos Silva garantiu que a solução europeia beneficia países como Portugal.
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Augusto Santos Silva defendeu o mecanismo europeu para compra de vacinas, numa altura em que muitas vozes se levantam para que Portugal compre vacinas fora do acordo europeu. O plano de vacinação português está atrasado, devido às limitações na distribuição dos fármacos.
Na Comissão de Assuntos Europeus, que decorreu na Assembleia da República, o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros explicou que a solução europeia beneficia países como Portugal.
"A solução europeia é a melhor solução e defende os interesses como um todo, em particular dos estados-membros que não são grandes economias. Portugal estaria muito pior sem esta decisão de procura comum", garantiu.
O ministro dos Negócios Estrangeiros explicou ainda o apoio da União Europeia (UE) ao programa de vacinação para os países mais desfavorecidos. Santos Silva afirmou que o "COVAX tem o dinheiro, mas não tem doses para comprar", o que obrigou a um mecanismo adicional: os europeus doam parte das vacinas a outros países, de baixo rendimentos, do Sul, Leste e África.
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O governante adiantou que tudo aponta para que a ciméria da União Europeia com a Índia, em maio, se realize com a presença de público.
Sobre o controlo de fronteiras, Santos Silva enalteceu a coordenação estreita entre Portugal e Espanha. "Tem sido prorrogada por decisão dos dois Governos. Tem estado tudo a correr bem, em contraste com os restantes países, como a Áustria.", apontou.
Até ao final do ano, a UE vai lançar a Autoridade Europeia para Resposta a Emergências Sanitárias, com o objetivo de fortalecer a resposta em crises idênticas à da Covid-19. A nova autoridade partiu da presidência portuguesa da UE.
Santos Silva falou com EUA para fortalecer laços transatlânticos
Santos Silva confirmou a conversa telefónica com o secretário de Estado dos Estados Unidos da América (EUA) Antony Blinken, tendo em vista o estreitamento de laços com a organização transatlântica.
"Foi evidente o alinhamento programático entre a UE e os EUA em política internacional, de segurança e defesa", explicou.
De acordo com o Departamento de Estado norte-americano, num comunicado divulgado na terça-feira, Antony Blinken "enfatizou o desejo dos EUA em trabalharem com Portugal, atualmente na presidência da União Europeia, para enfrentar desafios compartilhados, incluindo a Covid-19, a recuperação económica, China e África".
"Os dois responsáveis de política externa concordaram em estabelecer canais de contacto regular sobre temas de interesse comum, designadamente em África, na América Latina e na Ásia Oriental", lê-se numa publicação no Twitter.
Augusto Santos Silva "insistiu na necessidade do equilíbrio geopolítico na região Indo-pacífico, objetivo para que também quer contribuir a Cimeira UE-Índia, organizada pela Presidência Portuguesa do Conselho da EU".
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