"Comunicação tem falhado muito." Ministra admite "descoordenação" na resposta às grávidas em situação de urgência hospitalar
Ana Paula Martins refere que as entidades "precisam de estar mais correlacionadas e articuladas"
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A ministra da Saúde admite descoordenação na resposta às grávidas em situação de urgência hospitalar. Em entrevista à SIC Notícias, na segunda-feira, Ana Paula Martins reconhece problemas de comunicação entre as várias entidades.
"A comunicação tem falhado muito, aí é claramente descoordenação entre as entidades, que precisam de estar mais correlacionadas e articuladas. Estamos a falar dos serviços partilhados, a questão do SNS 24 têm de ser melhorada", afirma a governante.
Apesar de admitir falhas, a ministra rejeita que o Governo tenha falhado nas promessas pré-eleitorais, no que toca ao encerramento das urgências de obstetrícia, ginecologia e pediatria.
Já relativamente à proposta do Governo para reduzir a dependência dos médicos tarefeiros, a ministra da Saúde diz que o objetivo é garantir justiça entre os valores pagos a um médico tarefeiro e a um médico do SNS.
"O que os diplomas fazem é corrigir injustiças em termos do valor pago à hora. Eu não posso estar a pagar a médicos que estão fora do Serviço Nacional de Saúde, ou mesmo dentro do Serviço Nacional de Saúde, mas que estão a trabalhar à tarefa, entre 45-47 euros, no mínimo, e 90 e 100 euros, no máximo, e ter ao lado um colega que faz parte das equipas permanentes daquele hospital ou daquele centro de saúde a ganhar no máximo 36 euros", explica.
A governante garante ainda que o SNS não vai "desperdiçar, penalizar ou culpabilizar" os médicos que atualmente cumprem trabalho à tarefa e acrescenta que continuarão a ser feitos contratos com esses médicos.
