O presidente executivo da Sonae considera que o entendimento em sede de concertação social é positivo, mas não chega para aumentar a competitividade das empresas. O mais urgente, sublinha, é facilitar o acesso ao financiamento.
Corpo do artigo
Paulo Azevedo reconhece que o acordo obtido na concertação social é um sinal de paz social, sendo por isso positivo para Portugal, no entanto, numa perspetiva de crescimento, não é o único factor a ter em conta.
«O ajustamento de competitividade das empresas portuguesas não será feito só à custa disso, haverá várias medidas, o que é certo é que é necessário para crescermos sobretudo nas exportações». «Isto foi um passo», conclui.
Para aumentar a competitividade é necessário apostar na estabilidade fiscal e reduzir a burocracia, mas o mais urgente, na óptica de Paulo Azevedo, é facilitar o acesso das empresas ao financiamento. «De imediato o que mais se poderia fazer para melhorar a competitividade das empresas portuguesas é financia-las com a quantidade e com o custo equivalente aos seus concorrentes internacionais, e estamos a milhas dessa situação» sublinha.
«Hoje as empresas têm muita dificuldade em financiar-se, todos os bancos portugueses estão a reduzir a exposição às empresas e o volume de créditos estão a mante-lo com elevadíssimos custos que não nos tornam competitivos com os nossos concorrentes. Se fosse a escolher um factor, este é o que o Governo deveria resolver com maior urgência» afirmou Paulo Azevedo, em declarações à margem do Congresso da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição