Confederação do Comércio defende perdão fiscal às empresas para resistir à crise
João Vieira Lopes lembra que a dívida das empresas continua patente.
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A Confederação do Comércio pede incentivos ao consumo e um perdão fiscal às empresas para conseguirem resistir à crise. Apesar das medidas do Governo no início da pandemia, as empresas continuam a sentir os efeitos da crise económica.
O presidente da Confederação do Comércio, João Vieira Lopes, ouvido no Fórum TSF desta terça-feira, começou por defender incentivos para a compra de novas viaturas.
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"O Governo deve facilitar o abate de carros antigos para que as empresas obtenham veículos modernos, mais preparados em termos ambientais. Fizemos uma proposta ao Governo que ia no sentido de as retenções na fonte para os salários mais baixos serem reduzidos a metade.
João Vieira Lopes considera que tem de haver perdão fiscal para as empresas, e recorda que a crise financeira continua patente. "As empresas tiveram moratórias, adiamentos de dívidas ao fisco e aos bancos, mas a dívida está lá", lembra.
Também em declarações à TSF, o presidente da Confederação do Turismo acredita que vão existir duas vagas de desemprego: uma já em outubro, "nomeadamente nas empresas de turismo que estiveram à espera de um verão que não veio a existir", e outra no início do ano, a nível nacional, com o terminar do "quadro legal decorrente das medidas de apoio à economia".
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Por outro lado, as centrais sindicais defendem a proibição de despedimentos para empresas que tenham recebido apoios do Estado, nomeadamente através do regime de lay-off simplificado.