"Não ficou provada" divulgação de documentos por parte de deputados da CPI à TAP
A revelação foi feita pelo presidente da comissão de inquérito à gestão política da TAP que apresentou as conclusões de inquérito interno.
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O presidente da comissão de inquérito à TAP, António Lacerda Sales, anunciou que foi confirmada a divulgação de documentos classificados que tinham sido entregues naquela comissão. Numa declaração aos jornalistas no Parlamento e sem direito a perguntas, Lacerda Sales acrescentou, contudo, que não ficou provado que a divulgação dos documentos na comunicação social tenha sido feita após a entrega na CPI.
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"Não ficou provado que a divulgação tenha ocorrido após a sua entrada na assembleia da república nem tão pouco tenha sido feita por pessoas com acesso a documentos no quadro do funcionamento da comissão parlamentar de inquérito", disse.
"Fica assim provada a ausência de responsabilidade de deputados, assessores e técnicos que fazem parte desta comissão de inquérito", acrescentou.
O relatório sobre as fugas de informação de documentos da comissão parlamentar de inquérito à TAP foi entregue na terça-feira ao Presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, confirmou à Lusa fonte do seu gabinete.
A investigação interna foi solicitada pelo presidente da Assembleia, na sequência de dois pedidos - do anterior presidente da CPI, Seguro Sanches, e do atual, Lacerda Sales - dando conta da divulgação pública de conteúdos, documentos e elementos que se encontravam no arquivo documental da CPI e sujeitos a sigilo.