Congresso do PS para novo ciclo. A consagração de Pedro Nuno, a despedida de Costa e a procura de unidade
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O congresso do PS é de consagração de Pedro Nuno Santos, mas os protagonistas também procuram unir as diferentes fações do partido, depois de uma disputa interna com Pedro Nuno e José Luís Carneiro como atores principais. É também a despedida de António Costa, que só vai assistir ao primeiro dia de trabalhos.
A Feira Internacional de Lisboa marca um novo ciclo na vida do PS que, ao fim de nove anos de António Costa, vê Pedro Nuno Santos saltar para a liderança do partido. O novo líder socialista tem tentado fazer um "esforço de unidade", desde logo, com José Luís Carneiro, a pensar nas legislativas de 10 de março.
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Pedro Nuno Santos e José Luís Carneiro chegaram a um acordo para a apresentação de listas conjuntas para a Comissão Nacional, o órgão máximo entre congressos. O ainda ministro fica responsável por indicar 35% por cento dos lugares, depois de ter alcançado 37% dos votos nas eleições internas.
Para evitar uma lista alternativa, a TSF apurou que também Daniel Adrião poderá indicar nomes para o órgão, mas tudo depende de "uma conversa" entre Pedro Nuno Santos e o antigo candidato que estará para breve
O primeiro nome da lista à Comissão Nacional é o de Francisco Assis, que apoiou Pedro Nuno Santos à liderança do partido. O presidente do Conselho Económico e Social deverá, ao que tudo indica, voltar à vida política ativa.
Carlos César é nome de unidade
O único candidato à presidência do partido é o atual presidente, Carlos César, que foi convidado por Pedro Nuno Santos para se manter no cargo. Nenhuma das restantes candidaturas se opôs ao antigo presidente do Governo regional dos Açores, que é presidente do PS desde 2015.
Carlos César conta com apoios de todas as fações do partido. O primeiro-ministro António Costa, o atual presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, ou o histórico socialista Manuel Alegre são alguns dos subscritores da candidatura
Costa faz a abertura e deixa o palco
O primeiro-ministro em gestão e agora antigo líder do PS fica responsável pela sessão de abertura do congresso, mas já não regressa para os restantes dias, deixando o palco para os restantes protagonistas.
António Costa vai fazer um balanço do mandato: venceu as eleições internas em 2014 e assumiu a função de primeiro-ministro em 2015, num Governo de união à esquerda.
Costa já não vai assistir aos dois discursos de Pedro Nuno Santos, um no sábado e outro no domingo. No último dia, o líder vai dar o pontapé de saída para a campanha eleitoral e aguardam-se propostas para estimular o eleitorado.
