Presidente do Conselho de Prevenção da Corrupção defende, a título pessoal, um "conselheiro ético" dentro das organizações públicas que possa atuar na prevenção e gestão de conflitos de interesse.
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Nos últimos cinco anos foram detetados quase 60 casos de potencial conflito de interesse no Estado. O número foi avançado pelo Conselho de Prevenção da Corrupção, que questionou perto de cinco centenas de entidades públicas sobre melhor forma de lidar com o fenómeno.
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Responderam ao questionário do Conselho de Prevenção da Corrupção mais de um terço das entidades públicas, 468, que representam mais de 300 mil trabalhadores do estado. Entre elas, houve algumas que entre 2012 e 2017 detetaram situações de potencial conflito de interesse.
"Houve 19 entidades que identificaram 57 situações de conflito de interesses que não foram reportadas pelos respetivos trabalhadores", disse Vítor Caldeira, presidente do Tribunal de Contas e que também lidera o conselho.
Vítor Caldeira explica que o questionário não permitiu saber exatamente de que situações se trataram. Esses casos foram remetidos para as autoridades judiciais pelos próprios organismos públicos.
O Responsável pelo Conselho de Prevenção da Corrupção defende que cada organismo público devia ter uma espécie de provedor, um "conselheiro de ética" para a prevenção dos conflitos de interesses.
O questionário inclui entidades de todas as áreas públicas. Quase 30 que disseram estar muito expostas a riscos de conflitos de interesse.